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João Pega
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Diária

Nova direção do CD Luso com força e vontade para reerguer o clube


tags: Luso, Juventude, Jovens Categorias: Região, Especial, Entrevista sexta, 16 junho 2023

 

O CD Luso foi a eleições e Sónia Melo encabeçou a equipa diretiva da estrutura. Em entrevista a Presidente, José Carlos, Vice-presidente, e Hugo Antunes, Tesoureiro, explicaram como foi gerido CD Luso, sem direção eleita, qual o estado das infraestruturas, quais os maiores desafios que enfrentam e as ambições para o clube.

 

Qual foi a motivação para a sua candidatura ao CD Luso?

Sónia Melo (SM): A motivação principal foi dar continuidade a um projeto que tem 76 anos, e que não podemos deixar acabar. Já estive com outras funções no clube, como Presidente é a primeira vez.

Há quatro anos que temos uma comissão administrativa e, neste momento, passámos para uma direção.

 

Como encontrou o clube?

SM: A comissão administrativa fez todos os possíveis para manter o clube. Nestes quatro anos tivemos sempre poucas equipas, com a COVID-19 houve uma grande quebra, tínhamos as equipas todas e ficamos praticamente só com quatro. Entretanto, esta comissão segurou o clube, e é assim que o se mantém.

 

Quem é a sua equipa?

Sónia Melo (Presidente), José Carlos Alves (Vice-presidente), Rui Moura (Secretário), Hugo Antunes (Tesoureiro), Ana Catarina Silva (2.ª Secretária), Rodrigo Almeida (Vogal), Liliana Martinho (Vogal) e Bruno Ventura (Vogal). O Conselho Fiscal é constituído por Nuno Rocha (Presidente), Marco Ferreira (Secretário) e Marco Pereira (Relator).  A Assembleia Geral temos Carlos Manuel Castro (Presidente), Rui Carvalho (Vice-presidente) e Tiago Ângelo (Secretário).

 

 

 

Quantos jogadores têm inscritos de momento?

Na ordem dos 50 elementos. E ainda temos uma equipa de veteranos, que pertence ao clube, mas não tem competição.

 

Quantos escalões e equipas têm?

JC: Temos uma equipa de Infantis B, uma equipa de Infantis A, uma equipa de Iniciados, Petizes e Veteranos.

Hugo Antunes (HA): Neste momento, os Infantis A já acabaram o campeonato, no final do mês de abril, ficaram em 3.º lugar na série deles. Agora estão os Infantis B e os Iniciados a jogar até ao fim de maio.

 

Quais são as principais metas para esta época?

HA: Nós estamos a tentar manter os escalões, porque agora vai haver uma transição, os nossos Infantis A vão subir de escalão, vão passar para Iniciados, e os Iniciados são equipas que mantém os jogadores por dois anos seguidos, então a equipa de Infantis A vai se juntar aos Iniciados, fortalecendo a equipa.

No futebol 11 deveríamos ter entre 18 a 20 elementos e nós temos cerca de 15 elementos, assim, os jovens que irão subir dos Infantis A para os Iniciados darão mais força e elementos à equipa.

A intenção é ter mais algum escalão além dos que já referi, mas ainda sem certezas, para o ano seguro teremos, Petizes, Infantis A e Iniciados.

SM: Para além dos pequeninos, estamos a trabalhar para abrir outro escalão.

 

Quais são as principais forças e fraquezas do CD Luso?

José Carlos (JC): Uma das fraquezas que o CD Luso tem atualmente, mas esperamos que deixe de existir, são as infraestruturas. As condições dos balneários, por exemplo, são muito limitadas, temos uma grande esperança do que estão a construir e pode ser a alavanca para o CD Luso voltar a caminhar para ser aquilo que era antigamente e, neste caso, cativar com estas infraestruturas mais jovens.

SM: A principal força é o amor à camisola, gostarmos muito de cá andar.

 

Quais são os principais desafios que o clube enfrenta?

JC: Um dos grandes desafios que nós temos é a criação de novas equipas, e por variadíssimas razões não é fácil de o concretizarmos, esse é um dos grandes problemas.

HA: Outro dos problemas é haver, no concelho tantos clubes e dentro desses clubes, haver no mesmo escalão duas equipas a concorrer, isso “rouba-nos” os miúdos. O facto de a associação de futebol de Aveiro ainda permitir dentro do mesmo concelho que um escalão tenha duas equipas e outros clubes não terem esse mesmo escalão ou ter mas com deficit de miúdos, é um problema.

 

Como está a ser o feedback dos pais relativamente ao desporto e ao clube?

HA: Temos as duas vertentes, como em todo o lado, tem pais que apoiam e acompanham os miúdos e há pais que descarregam os miúdos.

 

Até agora, como está a tabela de classificação neste momento?

JC: Os iniciados estão a meio da tabela. Os Infantis B têm a possibilidade de conseguir um segundo lugar.

 

O que pretendem oferecer no próximo ano aos atletas?

SM: Uma das grandes forças é o balneário, estamos também a pensar fazer uma sala de estudo, onde os miúdos possam vir um tempo antes do treino, para terem estudo acompanhado.

JC: O projeto que nós temos é bastante amplo, que está numa base de iniciação e o que nós pretendemos, embora para já não tenhamos possibilidades para isso, mas num futuro, ter carrinhas para ir buscar os miúdos à escola, trazê-los para o Centro de Treino, ter uma sala onde possa estar uma professora, e os encaminhe no estudo e trabalhos de casa. Assim, os miúdos começam na parte do estudo e depois é que passam para a parte desportiva.

SM: A parte das carrinhas não será já para este ano, mas a parte da sala de estudo será posta em prática assim que nos sejam disponibilizadas as novas infraestruturas. Apesar das carrinhas não serem para este ano, temos uma solução que gostaríamos de implementar, a colocação de uma paragem de autocarro. Assim os miúdos poderão seguir direto da escola para o campo onde já estará alguém para os receber. Claro que iremos entrar em contacto com as entidades competente para assegurar essa solução.

Iremos oferecer um fato de treino a todos os miúdos.

HA: Apenas alguns miúdos é que tinham fatos de treino e para produzir novos fatos de treino tem de ser em grandes quantidades e não compensa fazer um ou dois. Então, para este ano, queremos reformular e todos ficarão com um fato de treino novo.

SM: Será uma oferta de início de época, para incentivar os miúdos a ficarem e a trazer novos.

 

Estão pensadas algumas atividades para os encarregados de educação?

SM: Pensamos em fazer algumas sensibilizações para os pais, na área do desporto.

JC: Vamos reunir com os pais, onde vamos ter alguém especializado em nutrição, uma espécie de aconselhamento para as férias, de como deve ser a alimentação dos seus filhos. E isto, depois passará a ser ao longo da época com os atletas.

 

Para o final da época têm alguma atividade planeada?

SM: Temos uma atividade no dia 4 de junho, uma caminhada para angariação de fundos para ajudar o clube. Temos, também, a festa de encerramento, que é aberta a toda a comunidade, e que será no dia 24 de junho.

 

Como funcionará a festa de encerramento do ano desportivo?

SM: Por norma é almoço, temos uns insufláveis e umas brincadeiras entre pais e filhos. O encerramento será aberto a toda a comunidade.

 

Qual é o ponto de situação das infraestruturas em construção?

HA: Os contentores estarão cá até junho, estão a substituir os balneários há sete anos. Com estes contentores já cá tivemos 120 atletas a jogar. Esperamos que em julho ou agosto as construções já estejam terminadas.

 

Finalmente, porque é os jovens deviam entrar no CD Luso?

JC: Porque o Luso é um clube de referência, principalmente no concelho da Mealhada, possivelmente a maior referência desportiva no concelho. Visto o que alcançou nos anos vindouros, para aí nos anos 80, levou o nome de Luso além-fronteiras. Devia ser um motivo de orgulho para quem veste esta camisola. Sabemos que o clube não está a passar a melhor fase, mas é para isso que nós estamos cá, direção, para alavancá-lo.