Diretor: 
João Pega
Periodicidade: 
Diária

Exposição Jornal BOA NOVA – 90 anos na Biblioteca Municipal de Cantanhede


tags: Cantanhede, Cantanhede, Biblioteca Categorias: Região, Cultura quinta, 16 novembro 2023

Está patente ao público na Biblioteca Municipal de Cantanhede, durante todo o mês de novembro, a mostra Jornal BOA NOVA - 90 anos. Composta por dezassete painéis, a exposição apresenta conteúdos diversificados retirados de várias edições do Jornal BOA NOVA, assim como alguns exemplares antigos e objetos relacionados com a atividade tipográfica do jornal.

A mostra expõe um retrato autêntico do único periódico de expansão interregionalista de inspiração cristã de Cantanhede, proporcionando aos visitantes uma autêntica viagem histórica por diversos temas que marcaram as memórias das gentes do concelho e freguesias limítrofes. A chegada da eletricidade às localidades, a Guerra do Ultramar, a posição do órgão de comunicação social durante o período do Estado Novo e após a Revolução de 25 de Abril de 1974, são apenas parte dos temas apresentados, com destaque, ainda, para alguns momentos pessoais relacionados com a vivência de muitos habitantes do concelho.

A primeira edição do Jornal BOA NOVA saiu à rua em 28 de outubro de 1933, enquanto publicação paroquial da freguesia de Cadima, pela mão do padre Mário Oliveira de Brito, que foi seu diretor, editor e proprietário. permanecendo até aos dias de hoje, nascer e morrer outros periódicos locais. Atualmente de periodicidade bimensal, o Jornal BOA NOVA está solidamente

implantado na comunidade local e tem como diretor o padre João Pedro Silva, pároco de Cadima, Cantanhede, Outil, Portunhos, Sanguinheira e Tocha.

Ao longo dos seus 90 anos de existência, o BOA NOVA tem-se apresentado como um importante veículo comunicacional (muitas vezes o único), entre as gentes da Gândara, Bairrada e Baixo Mondego, porquanto são elas que, além de darem conta das vivências, das dificuldades e das legítimas aspirações das populações, dão sentido às suas maiores conquistas e às suas maiores realizações, através de narrativas que refletem bem a nossa realidade sociocultural.

De salientar, ainda, a importante presença do jornal nas comunidades emigradas, contribuindo, assim, para a preservação dos laços de afetividade que elas mantêm com a terra que os viu nascer, função que, mesmo com a generalização do uso das redes sociais, continua a representar muito para os que ganham a sua vida além-fronteiras, mas, também, para os seus familiares que cá vivem.