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João Pega
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Diária

Artes, exposições e o filme inédito “Mata do Bussaco" para ver em Luso


tags: Mealhada, Mata do Bussaco Categorias: Região quinta, 18 abril 2024

Abril será um mês de pintura e de cinema no Luso e no Bussaco com as diversas propostas desenvolvidas pela Aderno - Associação Cultural, em colaboração com o Município da Mealhada, a Fundação Mata do Bussaco e a Junta de Freguesia de Luso. O destaque vai para a exibição do filme “Mata do Bussaco”, dia 20 de abril, atribuído a Hans Berge, pioneiro do cinema norueguês, um filme desconhecido até há pouco tempo, gravado na década de 1910 e que retrata duas realidades: a dos residentes que trabalhavam no Bussaco e a das elites que já escolhiam o local para passear.

A última sessão do ENCONTROS - Curtas metragens Ciclo #últimavaga FILMAR – Cinemateca Portuguesa será de curtas-metragens ao ar livre, na Mata Nacional do Bussaco e conta com o filme “Mata do Bussaco”, atribuído a Hans Berge, pioneiro do cinema norueguês, e que terá sido filmado na Mata Nacional do Bussaco entre o final da década de 1910 e o início da década seguinte. O filme, recentemente descoberto nos arquivos da Nasjonal Biblioteket na Noruega, mostra as tradições e as práticas da comunidade local, com crianças e mulheres a limparem a mata, mas também a elite que, então, já visitava a região. “Vemos em “Mata do Bussaco”, a surpresa do diálogo com a câmara, numa interposta relação com o que não se sabe que vai ficar e, contudo, com o tempo enquanto deposito de memórias coletivas e registos antropológicos e sociais de comunidades, práticas e lugares”, explica Tiago Bartolomeu Costa, responsável pelo projeto FILMAR. 

“Mata do Bussaco” foi digitalizado e cedido pela Nasjonal Biblioteket em colaboração com o Norsk Film Institutt, integrado no projecto Filmar, da Cinemateca Portuguesa, apoiado pelas EEA Grants 2020-2024 em colaboração com o Norsk Film Institutt. O filme será acompanhado por uma série de curtas-metragens pensadas em diálogo com a Mata do Bussaco e toda a envolvente desta projeção tão especial.

Banquete sobre tela: a arte nas monstras do Luso

Hoje, dia 18 de abril, o Luso será surpreendido com a arte a invadir as montras. A exposição “Banquete sobre tela” resulta do trabalho de mediação com a comunidade desenvolvido durante a Residência de Criação Aderno que a artista Mariana Gomes realizou, entre 2022 e 2023, na Mata Nacional do Bussaco, com apoio à criação da Fundação Calouste Gulbenkian. As obras apresentadas agora, nas montras da Vila de Luso, que tiveram como mote os alimentos e a pintura, foram realizadas durante uma série de oficinas de criação com as comunidades do Centro Social Comendador Melo Pimenta e o Centro de Tempos Livres do Luso, e dialogam com obras da própria artista. Assim, surgem agora as obras que refletem a +artilha entre a artista e a comunidade, nomeadamente com o Centro Social Comendador Melo Pimenta e o Centro de Tempos Livres do Luso.

Obscura Luz para ver antes e depois dos filmes

A noite inclui ainda a surpreendente exposição “Obscura Luz”, de Andrea Paz, Beatriz Neto, Flor Rabaçal, Inês Quente, Paulo Madureira e Sandra Teixeira, no âmbito da quinta edição da GRÃO- Residência de Criação e Investigação artística, que decorreu em outubro de 2023, em Albergaria a Velha, desenvolvida pela Associação Quinta das Relvas com o apoio da Aderno – Associação Cultural e faz parte do projeto e programação da Aderno - Associação Cultural desenvolvida em colaboração com a Fundação do Bussaco, o Município da Mealhada e a Junta de Freguesia de Luso.

A apresentação de “Obscura Luz”, dia 20 de abril, na estufa principal da Mata Nacional do Bussaco, divide-se em dois momentos: um às 17h e outro às 22h, após a projeção, nos quais os artistas estarão presentes para nos guiar. Esta é a primeira apresentação dum corpo de trabalho que através da escuridão e da luz do ato criativo descobre a imagem ou o vazio da mesma através do exercício peripatético de exploração dum espaço e dum tempo balizados pelos dias de residência.

A exposição poderá ainda ser visitada no domingo dia 21. Do Bussaco a exposição viajará até Lisboa, para uma apresentação no espaço da Sala Rosa da Rua das Gaivotas 6.