
Ferro velho e sucata, como porcas, parafusos, travões e velas são alguns dos exemplos de peças que dão origem a obras de arte como jarrões, carros, santos, instrumentos, barcos e estátuas de animais. Esta é uma exposição que Paulo Gouveia apresenta na antiga destilaria do IVV, na Mealhada, até final do mês de maio.
“Nada se Perde, tudo se Transforma” é o título da exposição de Paulo Gouveia, que pode ser vista, todos os dias, entre as 14h00 e as 17h30. À primeira vista vêem-se obras brilhantes, quiçá de materiais nobres, como um saxofone, uma cabeça de cavalo, carros antigos, um comboio, um Santo António e até a Última Ceia. Só com a explicação do autor se percebe que as obras apresentadas tiveram origem em sucata e ferro velho que um engenheiro eletromecânico tem a arte de transformar. “Há peças que demoro dias, outras uma semana, tenho um comboio que me levou um mês a fazer”, explica Paulo Gouveia.
Em 2015 começou a transformar material reciclado em peças decorativas e já conta mais de 350 obras feitas manualmente, a partir de discos e pastilhas de travões, pregos, ferros diversos, materiais agrícolas velhos. “Quanto mais ferrugento mais prazer dá de transformar”, confessa.
Paulo Gouveia cria os seus trabalhos a partir de peças de ferro que reutiliza de forma artística, recorrendo à soldadura por elétrodos. Este tipo de soldadura é um processo manual na qual uma fonte térmica desenvolve calor que provoca uma rápida fusão do material base e do elétrodo (material de adição).
Apesar de ter iniciado a sua arte em 2015. Só em 2023 começou a expor. “Tenho tido reações muito positivas, o que é muito gratificante”, afirma o artista.