Jovens de Oliveira do Bairro recebem bolsas da AIMA

Dois jovens de etnia cigana de Oliveira do Bairro foram distinguidos com bolsas de estudo atribuídas pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), no âmbito do programa ROMA Educa, que visa apoiar o acesso, a permanência e o sucesso escolar de alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário provenientes de comunidades ciganas.

Sara, de 15 anos, aluna do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro, e Adolfo, de 17, aluno do Instituto Profissional da Bairrada, foram os dois beneficiários locais desta medida. Segundo o Município de Oliveira do Bairro, foi a primeira vez que se candidataram alunos do concelho e ambas as candidaturas foram bem-sucedidas, com o apoio do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS).

O presidente da Câmara Municipal, Duarte Novo, enalteceu o mérito dos jovens e das famílias, mas também o papel das instituições de ensino e das técnicas do SAAS: “O trabalho que tem sido feito, tem feito a diferença na vida de muitas pessoas, sendo este apenas mais um desses casos”.

Álvaro Reis, diretor do Agrupamento de Escolas, descreve Sara como “um exemplo para todos os alunos das comunidades ciganas”, salientando que a jovem, que frequenta o 9.º ano, “tem os seus projetos escolares e profissionais bem definidos”. Já Adolfo, aluno do 2.º ano do curso de Mecatrónica Automóvel, vê o apoio da sua escola como “uma grande oportunidade para continuar a aprender”. “Sinto que muita gente acredita em mim”, afirma, confessando que quer abrir a sua própria oficina e “provar que um cigano pode tudo”.

Para a Sara, que sonha ser militar da GNR, a bolsa representa uma motivação extra: “Nunca pensei que eu fosse escolhida, porque… com tantas pessoas, porque é que me escolheriam a mim?!”. Deixa ainda um conselho aos jovens da sua etnia: “Têm de fazer tudo por tudo para alcançar o vosso sonho”.

O programa ROMA Educa atribui uma prestação pecuniária destinada a comparticipar despesas com transportes, refeições, livros e material escolar. A sua atribuição baseia-se em candidaturas feitas pelas escolas e visa combater o abandono e insucesso escolar entre alunos de comunidades ciganas.