
É verdade, verdadeira. É tão verídica esta passagem, a provocar um clamor de alma, como são genuínos os embustes que os políticos nos impingem.
Numa cidade triste, numa rua em plena falência, com um ou outro unhas de fome a virar a cara, um qualquer, metido na sua roupagem de proscrito do mundo do trabalho, detém-se, apenas e tão somente a roçar as costas numa caríssima frontaria bancária, onde um dia, ingenuamente, entrou como cliente reputadíssimo, para em pouco tempo, sair, com o rótulo de farrapo imbecil.
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Artigo de opinião de Hermínio Pires, publicado na edição impressa de 5 de fevereiro.