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ANPC alerta para chuva forte e vento a rondar os 85km/h nos próximos dias


tags: Alerta, Nacional, ANPC Categorias: Região sexta, 01 fevereiro 2019

Neve, chuva e vento forte é a previsão do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para os próximos dias. Esta manhã já se fez sentir o agravamento das condições meteorológicas, com queda de chuva forte e granizo, acompanhada de rajadas de vento forte na zona centro. A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) solicita à população que se mantenha informada das previsões meteorológicas, através da página de internet www.ipma.pt, e adverte para a necessidade de adotar medidas preventivas, de modo a minorar o impacto das consequências causadas pelas referidas condições meteorológicas.

O IPMA anunciou para os próximos dias a “formação de fenómenos extremos de vento e agravamento da agitação marítima em toda a costa”, dando nota, inclusivamente, da ocorrência de chuva forte na Zona Norte e Centro, acompanhada de trovoada e granizo. No que se refere à força do vento, o IPMA aponta para rajadas entre os 65 km/h e os 85km/h, sendo que são esperadas rajadas de cerca de 110 km/h no litoral e nas terras altas a norte do cabo Mondego.

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A queda de neve na Serra da Estrela provocou o corte nas estradas de acesso ao local e nas zonas costeiras estão previstas ondas que podem exceder os sete metros, podendo atingir picos máximos de 15 metros, provocando forte rebentação na costa, prevendo-se que, de acordo com o IPMA, o período mais crítico seja entre as 12h e as 21h de hoje.

Atendendo às previsões do IPMA, a ANPC faz saber à população quais as consequências que podem advir das condições meteorológicas dos próximos dias: “piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo; possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem; possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis; inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem; danos em estruturas montadas ou suspensas; dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis; possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte; possíveis acidentes na orla costeira; e fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência”, conforme referem em comunicado de imprensa.

Perante as situações indicadas, a ANPC recomenda a adoção de comportamentos preventivos, que ajudem a minorar o impacto das condições meteorológicas atuais, nomeadamente em zonas históricas mais vulneráveis, deixando algumas sugestões de medidas de autoproteção: “garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias; transporte e colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve; não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas; ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais; não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima; e ter em atenção as informações da meteorologia e as indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança”, tal como referido em nota de imprensa.