Caminhada Solidária na Mealhada a favor da Hipertensão Pulmonar

O concelho da Mealhada vai ser palco da iniciativa “Trail Running Caminhos de Santiago – Partida Simbólica e Caminhada Solidária”, na manhã de domingo, 16 de março. Um evento organizado pela Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP), com o apoio da Câmara Municipal da Mealhada, que pretende divulgar a doença, os seus sintomas e alertar a comunidade para a escassez de direitos destes doentes. A Caminhada Solidária, que tem início às 9h 30m junto ao edifício da autarquia e chegada prevista às 11 horas ao Parque da Cidade, junta um grupo de seis peregrinos que está a desenvolver um Trail Running a Santiago de Compostela, de 31 de março a 5 de abril, em defesa dos direitos dos doentes de hipertensão pulmonar. A participação é livre e conta com a participação da madrinha do evento, a atleta veterana Aurora Cunha.
A ideia partiu de seis peregrinos que, numa ação de solidariedade, decidiram realizar uma caminhada a Santiago de Compostela, de 31 de março a 6 de abril, em defesa dos doentes de hipertensão pulmonar. A ideia dos promotores passa por divulgar a doença nos locais de passagem da peregrinação, através de ações junto das crianças, hospitais, comunidade e Comunicação Social. Ciente da importância da iniciativa, a APHP associou-se ao Trail Running a Santiago de Compostela e desafiou o grupo de peregrinos a realizar uma ação na Mealhada.
O objetivo é divulgar a doença e lutar pelos direitos destes doentes. A APHP lembra que “a hipertensão pulmonar é uma doença rara, crónica e desconhecida do público e de muitos clínicos e que as formas mais raras desta patologia têm uma taxa de mortalidade superior a muitos cancros”. O problema é que a hipertensão pulmonar, como outras patologias, não é considerada crónica do ponto de vista jurídico e, como tal, os seus doentes, salienta a APHP em comunicado, “são vítimas de discriminação, da inexistência do estatuto Jurídico do Doente Crónico e de uma Lei-quadro da Doença Crónica com base nos princípios estabelecidos pela Classificação Internacional da Funcionalidade e da Incapacidade da Saúde (recomendada pela OMS) e da inépcia do governo que está há quarenta e quatro meses para legislar sobre estas matérias”.
A APHP sublinha ainda que “a esperança e qualidade de vida aumentam significativamente com o diagnóstico precoce e o acesso aos melhores tratamentos possíveis”. Por isso mesmo, é importante alertar a comunidade para “a dificuldade que os doentes com hipertensão pulmonar têm no acesso às primeiras consultas nos centros de referência e às terapêuticas adequadas”, para a “inexistência de um estatuto jurídico do doente crónico”, para a “inexistência de uma tabela de incapacidade para os doentes crónicos (os atestados de incapacidade são baseados na tabela para as doenças profissionais, acidentes de trabalho e viação)”. A APHP lembra mesmo que existe uma petição para esses direitos, que essa foi aprovada na Assembleia da República mas que, até então, o Governo ainda não elaborou tal legislação.
“O exposto conduz a situações de arbitrariedade e desigualdade que é necessário denunciar”, resume a APHP, justificando assim a importância da iniciativa que vai decorrer no domingo, durante a manhã, no concelho da Mealhada. Uma ação solidária, aberta a todos os que queiram participar.
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Programa:
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9h 30m – Concentração junto à Câmara Municipal da Mealhada
xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0 Caminhada Solidária
xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0 Distribuição de flyer informativo sobre a doença e a associação
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11 horas – Chegada ao Centro de Marcha e Corrida da Mealhada, no Parque da Cidade
xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0xa0 Distribuição de uma lembrança da Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar
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