Secundária de Esgueira é a grande vencedora das Escolíadas de 2014

(COM GALERIA DE FOTOGRAFIAS)
Numa noite memorável, com o CAE (Centro de Artes e Espetáculos) da Figueira da Foz completamente lotado, a Secundária de Esgueira arrecadou trezentos e cinco pontos, contra os duzentos e noventa e seis da Secundária Avelar Brotero e os duzentos e noventa e três do Colégio de Albergaria. Uma festa de cores, sons e folia preencheu o palco no final da sessão, assim que foram apresentadas as pontuações totais.
“É extremamente gratificante. Estávamos com os melhores de todos os Pólos, as provas estavam ótimas. Felicíssimos com a vitória, mas a verdade é que os outros mereciam tanto como nós”. Foram estas as primeiras palavras de Conceição Lima, professora responsável pela coordenação dos alunos e docentes da escola vencedora, que aproveitou a ocasião para felicitar a Associação Escolíadas, pois uma vez mais conseguiu “mobilizar milhares de pessoas em todas as escolas, em todos os Pólos, tornando este espectáculo final magnífico”.
Com o tema “Cegueira”, a Secundária de Esgueira viu o júri atribuir-lhe a melhor pontuação em duas das quatro provas da noite: Teatro e Música/Dança. Acerca da peça de Teatro, Carolina Silva, da Universidade de Coimbra, elogiou o texto e enalteceu o facto de a interpretação o ter favorecido ainda mais. “O retrato que traçaram transportou-nos para uma lição de vida e uma moral”, acrescentou.
Na Escola Secundária de Esgueira existe um grupo de teatro há cerca de dez anos e isso faz com que vários alunos estejam ou tenham passado por este grupo. Ainda assim, Conceição Lima considera que a razão do sucesso está na entrega dos alunos: “Eles dedicaram-se de corpo e alma, mesmo tendo testes na segunda-feira. Mas é isto que fica da escola, são estas vivências que não são académicas, mas que os enriquecem de um modo absolutamente espantoso”.
A docente, que não escondia a felicidade no final do evento assegura mesmo que “a vivência destes miúdos vai ficar para toda a vida e vê-los a vibrar é algo que não se consegue ver numa aula. E, isso é o que as escolas têm de fantástico, poder promover a educação integral”.
Os elogios à escola vencedora estenderam-se ainda à prova de Dança/Música, com Manuel Rocha, da DGEstE - Direção-geral dos Estabelecimentos Escolares, a considerar que “houve soluções particularmente bonitas, como o exemplo de gente a surgir do lixo. Através da dança e dos vossos corpos conseguimos olhar aqui uma cidade e as suas vivências”.
xa0
Brotero e Albergaria com prestações elogiadas
xa0
Não menos elogiadas estiveram as outras duas escolas. No Teatro, a Secundária Avelar Brotero explanou o seu tema “Reflexos”. A mensagem do texto relativamente às dificuldades que a cultura vive nos tempos atuais foi bem vincada. Carolina Silva referiu que houve dois aspetos que merecem ressalva neste trabalho: “a interação com o espaço cénico e a interação entre as personagens.” Para este elemento do júri, também o Colégio de Albergaria, com o tema “A luz e as trevas”, fez um trabalho “fabuloso”, levando os elementos do júri a “ficar com as emoções à flor da pele”, através do jogo de sombras realizado e do acompanhamento musical ao vivo.
Na categoria de Música/Dança a ligeira desafinação das vocalistas de ambas as escolas poderá ter contribuído para a obtenção de menor pontuação, pelo menos houve reparo da parte dos jurados. Manuel Rocha considerou que a apresentação de temas originais, como fez o Colégio de Albergaria, “é importante”. Mas, apesar de a prova ter sido “bem estruturada, houve um problema de transição e também houve momentos de ligeira desafinação”.
O mesmo reparo atribuído à Avelar Brotero no momento musical: “Juntar música e dança é uma tarefa corajosa e fizeram-no de forma eficaz, mas houve alguns problemas de afinação com uma das vocalistas”.
No final, alunos e professores são unânimes, o mais importante é todo o processo e não o resultado final.
O júri da Finalíssima foi composto por Fátima Rodrigues e Manuel Rocha (Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares), Margarida Silva (Direção Regional de Cultura), António Palmeira (Instituto Português do Desporto e da Juventude), Sara Carvalho (Universidade de Aveiro) e Carolina Silva (Universidade de Coimbra).
xa0
Desfile de claques e gala de entrega de prémios
xa0
A vigésima quinta edição das Escolíadas Glicínias Plaza ainda não terminou. No próximo dia 31 de maio há desfile de claques no Shopping Glicínias Plaza, em Aveiro e no dia 6 de junho haverá gala de entrega de prémios na Quinta dos Três Pinheiros, onde receberão o troféu para “Melhor Intérprete de Teatro”, “Melhor Músico”, “Melhor Voz”, “Melhor Bailarina(o)” e “Melhor Apresentador(a)”.
De salientar ainda que as várias telas, criadas ao longo das várias sessões da 25ª edição das Escolíadas Glicínias Plaza nas provas de pintura, serão expostas em Aveiro, Coimbra e Viseu.