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Pais e encarregados de educação pedem melhorias na Escola EB 2/3 da Mealhada


tags: Escola, Pais, Política Categorias: Região quarta, 17 abril 2019

Pais e encarregados de educação dos alunos da Escola Básica 2/3 da Mealhada marcaram presença na última sessão da reunião de câmara, realizada no passado dia 8 de abril, para reivindicar melhorias no edifício escolar. Iola Batista, em representação do grupo, fez sentir ao executivo que é urgente suprir as “necessidades básicas” dos alunos, evidenciando que a escola carece, entre outras coisas, de “espaços cobertos para proteção da chuva”, assim como de “manutenção nos balneários”.

Iola Batista foi a porta-voz dos pais e encarregados de educação dos alunos da EB 2/3 da Mealhada, que assinaram um memorando lido na última reunião de câmara. Nesse documento, os pais dizem sentir que a “EB 2/3 está um pouco abandonada”, pedindo por isso algumas intervenções que visem a melhoria das condições da escola.

Pais e encarregados de educação sentem que a “EB 2/3 está um pouco abandonada”

Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, diz atender ao pedido feito pelos pais depois de concluídas as obras na Escola Secundária da Mealhada: “pouco mais tem o município a fazer em edifícios escolares depois de concluídas as obras na Secundária, a não ser na EB 2/3 da Mealhada”. Ainda assim o autarca refere que “já foi feito um levantamento exaustivo das necessidades da escola, que depois vão ser entregues a uma entidade credível para fazer um projeto”, processo que pode demorar um ano, e que leva Rui Marqueiro a reconhecer que “as coisas não andam tão depressa como gostaríamos”.

“Nós podíamos ter começado pela EB 2/3”, no entanto, segundo referiu Rui Marqueiro, “o Ministério da Educação entendeu que a Secundária era prioritária, talvez por ser um edifício mais antigo”. O autarca disse ainda a Iola Batista que o Município não tem meios para fazer as obras solicitadas em simultâneo, reiterando o desconforto que sente pela demora na conclusão das obras da Secundária: “se fosse uma obra privada já tínhamos posto outro empreiteiro há muito tempo”.

“Já foi feito um levantamento exaustivo das necessidades da escola”, Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada

Perante a resposta do autarca, Iola Batista mostrou descontentamento pelo facto de as intervenções na EB 2/3 estarem dependentes da conclusão das obras na Escola Secundária e reitera que o pedido que estão a fazer ao município se prende com pequenas intervenções, que visam assegurar “o conforto dos alunos, criando uma maior harmonia na escola”.

“Os alunos estão à chuva à espera do transporte, para se deslocarem à cantina vão à chuva”, afirmou Iola Batista, apontando a responsabilidade ao executivo na resolução imediata do referido constrangimento. Rui Marqueiro respondeu: “nós não podemos assegurar que as crianças têm proteção integral contra a chuva e não podemos permitir que os transportes entrem na escola”.

A encarregada de educação referiu também que a EB 2/3 tem alunos a mais para o espaço de que dispõe e lamenta que, depois de ter estudado na mesma escola, grande parte dos equipamentos escolares estejam “destruídos”. Nesta matéria, Iola Batista referiu-se, primeiramente, à ausência de cacifos na escola: “os nossos filhos trazem mochilas com um peso astronómico e se houvesse cacifos a situação estaria resolvida”.

“90% das coisas que se passam na escola são da responsabilidade do agrupamento”, Rui Marqueiro

Sobre esta questão, Rui Marqueiro referiu que “a gestão diária da escola não compete ao município” e esclarece: “a Câmara deu ao Agrupamento (de Escolas da Mealhada) 252.136 euros em 2018 para gerir”. Nesse sentido, Rui Marqueiro remeteu a responsabilidade da manutenção dos cacifos para o Agrupamento de Escolas da Mealhada e afirma: “90% das coisas que se passam na escola são da responsabilidade do agrupamento”.

Outro dos signatários do memorando apresentado ao executivo também esteve presente na última sessão da reunião de câmara, que, tomando a palavra, atribuiu à ausência de “abrigos na escola o uso, para brincar, dos átrios onde se encontram os cacifos”, dando a entender que essa prática potencia a vandalização dos equipamentos. Iola Batista alinhou pela mesma ideia e acrescentou que numa escola onde “não existe nada para se distraírem, nem um banco para se sentarem” não se podem esperar outras atitudes.

Para somar à vandalização dos cacifos, foi também feita menção “ao estado degradado das casas de banho”, segundo referiu o encarregado de educação que também usou da palavra na reunião de câmara. “São necessárias intervenções físicas no espaço, para as quais a Câmara tem serviços próprios de manutenção”, afirmou, defendendo como necessária a substituição de torneiras e canalização, “elementos básicos e essenciais ao bom funcionamento da escola”.

“Não existe nada para se distraírem, nem um banco para se sentarem”, Iola Batista, encarregada de educação

Rui Marqueiro, sobre esta matéria, declarou: “a informação que me chega aqui é que os serviços vão quase todos os dias à EB 2/3”. No entanto o autarca recorda que nada conseguem fazer contra os atos de vandalismo levados a cabo pelos alunos.

Desta reunião, os pais e encarregados de educação quiseram levar como certo o compromisso de a Câmara “dar toda a atenção à EB 2/3 a seguir às obras da Secundária”, o de “executar todo o trabalho de estudo antes que acabem as obras na Secundária” e, por fim, o de o autarca visitar a escola.

Ao último compromisso Rui Marqueiro deu resposta imediata, confirmando aos pais e encarregados de educação presentes que irá “pedir uma visita ao diretor do Agrupamento” para que o executivo possa ir à escola brevemente.