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“Amostras é no Carlos Lopes”


tags: Mealhada Categorias: Região sexta, 26 julho 2019

“Quando era miúdo ia muitas vezes com o meu pai (Manuel Rodrigues) ao Carlos Lopes. Ele chegou a trabalhar lá, no início de carreira. Aquela loja tinha tudo: era o El Corte Inglês do concelho”, recorda Orlando Rodrigues que agora, com 49 anos, ao lado de Joaquim Ferreira, assume o comando da casa que nasceu há quase um século. “Ainda hoje, aqui na zona, entre as pessoas mais velhas, sempre que se fala em ‘amostras’, há alguém que diz ‘amostras é no Carlos Lopes’”. A frase vem do tempo em que a loja vendia tecidos.

O negócio nasceu na década de 20, no século passado, pelas mãos de Carlos Lopes, em nome individual. De retrosaria passou a loja de ferragens e, com o passar dos anos, a loja de “tudo e mais alguma coisa”. A marca Carlos Lopes, que em 1965 se tornou uma sociedade a quatro – Carlos Lopes, Gracinda Santos, António Fernandes e António Rodrigues –, incluiu várias lojas e um armazém no centro da Mealhada, em diversas áreas comerciais: ferragens, material para construção civil, vidros e espelhos, azulejos, móveis, artigos para o lar, loiça da Vista Alegre, eletrodomésticos, cortinados, alcatifas, carpetes, tapetes de arraiolos, fogões, gás e até máquinas de costura Oliva, com direito a aulas de costura gratuitas para raparigas. O negócio compreendia ainda uma agência funerária, que terminou com o funeral do sócio António Fernandes.

Até à década de 90, nas mãos de duas gerações, o negócio foi sempre crescendo. “Tremeu um pouco” no final do século XX, em que até houve prejuízos, mas a terceira geração conseguiu recuperar a casa que hoje já não vende “tudo e mais alguma coisa” mas está lá perto. Especializou-se na venda a retalho de material de construção, canalização, eletricidade, sanitários e cerâmicos.

(Leia a história completa na edição em papel.)